Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francêsradicado no Brasil, Antoine Hercules Romuald Florence. Florence, que chegou ao Brasil em 1824, estabeleceu-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e experimentos. No ano de 1833 Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato. Ainda que totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus, Niépce e Daguerre, obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de Photografie Pela descoberta de Florence, o Brasil é considerado um dos pioneiros na Fotografia.
O início da fotografia no Brasil não se pode esquecer do Imperador Dom Pedro II, que foi um fotógrafo apaixonado. O abade Louis Compte em 16 de janeiro de 1840 quando aportou no Rio de Janeiro fez uma demonstração à Dom Pedro II da daguerrotipia (fonte: Jornal do Commercio, de 17 de janeiro de 1840, Rio de Janeiro). D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos do Brasil, quando no mesmo ano de 1840 adquiriu um daguerreótipo, em Paris.
Augustus Morand , fotógrafo norte-americano (1815-1862), fez as primeiras fotos da família imperial do Brasil, isso ainda em 1840.
Novas tecnologias chegam ao Brasil, trazidas por imigrantes radicados no Brasil, por exemplo o colódio úmido. Estúdios de retratistas se espalham pelas principais cidades brasileiras. O alemão Alberto Henschel abre escritórios em São Paulo, Recife, Salvador e no Rio e tornando-se no primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Neste período também se destacam Walter Hunnewell, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia, Marc Ferrez, que produz imagens panorâmicas de paisagens brasileiras, e Militão Azevedo, o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo. E aindaVictor Frond, George Leuzinger, August Stahl e Felipe Fidanza . Século XX
Na década de 1940 dá-se o ápice do Fotoclubismo, movimento que reunia pessoas interessadas na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Os primeiros fotoclubes surgem no início do século XX, mas somente a partir dos anos 1930 passam a ser decisivos na formação e no aperfeiçoamento técnico dos fotógrafos brasileiros. Principais fotoclubes: Photo Club Brasileiro, fundado no Rio de Janeiro em 1923, e o Foto Cine Clube Bandeirante, criado em São Paulo em 1939. Principais fotógrafos expoentes do fotoclubismo e alguns deles representantes do Movimento Moderno na fotografia: Thomas Farkas, José Oiticica Filho, Eduardo Salvatore, Chico Albuquerque, José Yalenti, Gregori Warchavchik (também arquiteto), Hermínia de Mello Nogueira Borges,Nogueira Borges, Geraldo de Barros e Gaspar Gasparian.
A partir do pioneirismo publicitário de Chico Albuquerque, que fez fotos para a primeira campanha publicitária usando a fotografia em 1948, despontam novos autores como Bob Wolfenson, Marcio Scavone, Arnaldo Pappalardo, Claudio Elisabetsky, J.R.Duran, Ella Durst.
Nos anos 1950 o Fotojornalismo é impulsionado pelas revistas O Cruzeiroe pelo Jornal do Brasil, que passam a dar destaque para a fotografia em suas páginas.
Assis Chateaubriand, diretor da revista o Cruzeiro, contrata Jean Manzon para a revista O Cruzeiro transformando-a na mais importante do país.
Oriunda do fotojornalismo da revista Realidade (1966), Veja (1968) e doJornal da Tarde (1966) surge outra leva de grandes fotógrafos, sendo os principais: Claudia Andujar, Walter Firmo, George Love, David Zingg eLuigi Mamprim. Luís Humberto faz fotos irônicas sobre a situação do Brasil sob regime militar apesar do controle da censura. Estes fotógrafos se tornaram ícones da década de 1960 e influenciaram fotógrafos comoOrlando Azevedo, Paulo Leite, Ed Viggiani , André Vilaron, Thiago Santana,José Bassit e André Cypriano.
Surgem na década de 1970 diversas oficinas e escolas de fotografia no país, como a Enfoco e a Imagem e Ação, em São Paulo, que impulsionam a fotografia de autor. Na falta de lugares especializados para exposições são criadas várias galerias, como a Fotóptica e a Álbum, e surgem grupos como o Photogaleria, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com a intenção de inserir a fotografia no mercado de arte brasileiro.
O jornalismo independente das agências como a Focontexto, F4, Ágil, Fotograma e ZNZ, foi registrado por fotógrafos como Juca e Delfim Martins, Nair Benedicto, Rogério Reis, Júlio Bernardes, Ricardo Chaves,Assis Hoffman,Rosa Gauditano, Emidio Luisi, Milton Guran, João Roberto Ripper, Sergio Zalis, entre outros, que se destacaram na fotografia autoral. Pedro Martinelli, Cristiano Mascaro, Orlando Brito e Hélio Campos Mello somam-se aos destaques da fotografia autoral, ainda que trabalhando para as publicações tradicionais.
Há ainda os trabalhos cuja proposta é a inserção da fotografia com a arte estabelecida e vice-versa, representados por Otto Stupakoff, Anna Bella Geiger, Antonio Saggese, Cássio Vasconcellos, Alex Flemming, Kenji Ota,Cris Bierrembach, Vilma Slomp, Gal Oppido, Claudio Feijó, Milton Montenegro, Penna Prearo, Eustáquio Neves, Flavya Mutran, Miguel Rio Branco e Vik Muniz, entre outros.
Nos anos 1980 a fotografia brasileira torna-se conhecida no exterior por meio da participação em exposições internacionais e da publicação do trabalho de fotógrafos brasileiros em revistas estrangeiras. Entre os principais nomes do período estão Sebastião Salgado, Cristiano Mascaro,Miguel Rio Branco, Luiz Carlos Felizardo, Hugo Denizart, Cláudio Edinger,Mario Cravo Neto, Arnaldo Pappalardo, Kenji Ota e Marcos Santilli.
Em 1981, Sebastião Salgado é o único fotógrafo a registra a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan, o que lhe dá grande destaque internacional. A partir de então, Salgado, radicado na França, é reconhecido mundialmente como um dos mestres da fotografia documental contemporânea. Nos anos 1980 e 90 publica grandes fotorreportagens de denúncia social, em livros como Sahel: l’Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997).
O início da fotografia no Brasil não se pode esquecer do Imperador Dom Pedro II, que foi um fotógrafo apaixonado. O abade Louis Compte em 16 de janeiro de 1840 quando aportou no Rio de Janeiro fez uma demonstração à Dom Pedro II da daguerrotipia (fonte: Jornal do Commercio, de 17 de janeiro de 1840, Rio de Janeiro). D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos do Brasil, quando no mesmo ano de 1840 adquiriu um daguerreótipo, em Paris.
Augustus Morand , fotógrafo norte-americano (1815-1862), fez as primeiras fotos da família imperial do Brasil, isso ainda em 1840.
Novas tecnologias chegam ao Brasil, trazidas por imigrantes radicados no Brasil, por exemplo o colódio úmido. Estúdios de retratistas se espalham pelas principais cidades brasileiras. O alemão Alberto Henschel abre escritórios em São Paulo, Recife, Salvador e no Rio e tornando-se no primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Neste período também se destacam Walter Hunnewell, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia, Marc Ferrez, que produz imagens panorâmicas de paisagens brasileiras, e Militão Azevedo, o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo. E aindaVictor Frond, George Leuzinger, August Stahl e Felipe Fidanza . Século XX
Na década de 1940 dá-se o ápice do Fotoclubismo, movimento que reunia pessoas interessadas na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Os primeiros fotoclubes surgem no início do século XX, mas somente a partir dos anos 1930 passam a ser decisivos na formação e no aperfeiçoamento técnico dos fotógrafos brasileiros. Principais fotoclubes: Photo Club Brasileiro, fundado no Rio de Janeiro em 1923, e o Foto Cine Clube Bandeirante, criado em São Paulo em 1939. Principais fotógrafos expoentes do fotoclubismo e alguns deles representantes do Movimento Moderno na fotografia: Thomas Farkas, José Oiticica Filho, Eduardo Salvatore, Chico Albuquerque, José Yalenti, Gregori Warchavchik (também arquiteto), Hermínia de Mello Nogueira Borges,Nogueira Borges, Geraldo de Barros e Gaspar Gasparian.
A partir do pioneirismo publicitário de Chico Albuquerque, que fez fotos para a primeira campanha publicitária usando a fotografia em 1948, despontam novos autores como Bob Wolfenson, Marcio Scavone, Arnaldo Pappalardo, Claudio Elisabetsky, J.R.Duran, Ella Durst.
Nos anos 1950 o Fotojornalismo é impulsionado pelas revistas O Cruzeiroe pelo Jornal do Brasil, que passam a dar destaque para a fotografia em suas páginas.
Assis Chateaubriand, diretor da revista o Cruzeiro, contrata Jean Manzon para a revista O Cruzeiro transformando-a na mais importante do país.
Oriunda do fotojornalismo da revista Realidade (1966), Veja (1968) e doJornal da Tarde (1966) surge outra leva de grandes fotógrafos, sendo os principais: Claudia Andujar, Walter Firmo, George Love, David Zingg eLuigi Mamprim. Luís Humberto faz fotos irônicas sobre a situação do Brasil sob regime militar apesar do controle da censura. Estes fotógrafos se tornaram ícones da década de 1960 e influenciaram fotógrafos comoOrlando Azevedo, Paulo Leite, Ed Viggiani , André Vilaron, Thiago Santana,José Bassit e André Cypriano.
Surgem na década de 1970 diversas oficinas e escolas de fotografia no país, como a Enfoco e a Imagem e Ação, em São Paulo, que impulsionam a fotografia de autor. Na falta de lugares especializados para exposições são criadas várias galerias, como a Fotóptica e a Álbum, e surgem grupos como o Photogaleria, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com a intenção de inserir a fotografia no mercado de arte brasileiro.
O jornalismo independente das agências como a Focontexto, F4, Ágil, Fotograma e ZNZ, foi registrado por fotógrafos como Juca e Delfim Martins, Nair Benedicto, Rogério Reis, Júlio Bernardes, Ricardo Chaves,Assis Hoffman,Rosa Gauditano, Emidio Luisi, Milton Guran, João Roberto Ripper, Sergio Zalis, entre outros, que se destacaram na fotografia autoral. Pedro Martinelli, Cristiano Mascaro, Orlando Brito e Hélio Campos Mello somam-se aos destaques da fotografia autoral, ainda que trabalhando para as publicações tradicionais.
Há ainda os trabalhos cuja proposta é a inserção da fotografia com a arte estabelecida e vice-versa, representados por Otto Stupakoff, Anna Bella Geiger, Antonio Saggese, Cássio Vasconcellos, Alex Flemming, Kenji Ota,Cris Bierrembach, Vilma Slomp, Gal Oppido, Claudio Feijó, Milton Montenegro, Penna Prearo, Eustáquio Neves, Flavya Mutran, Miguel Rio Branco e Vik Muniz, entre outros.
Nos anos 1980 a fotografia brasileira torna-se conhecida no exterior por meio da participação em exposições internacionais e da publicação do trabalho de fotógrafos brasileiros em revistas estrangeiras. Entre os principais nomes do período estão Sebastião Salgado, Cristiano Mascaro,Miguel Rio Branco, Luiz Carlos Felizardo, Hugo Denizart, Cláudio Edinger,Mario Cravo Neto, Arnaldo Pappalardo, Kenji Ota e Marcos Santilli.
Em 1981, Sebastião Salgado é o único fotógrafo a registra a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan, o que lhe dá grande destaque internacional. A partir de então, Salgado, radicado na França, é reconhecido mundialmente como um dos mestres da fotografia documental contemporânea. Nos anos 1980 e 90 publica grandes fotorreportagens de denúncia social, em livros como Sahel: l’Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997).
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